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terça-feira, 16 de abril de 2013

Dor no parto


A dor é um importante sinal do início e andamento do trabalho de parto. A intensidade da dor do parto varia de mulher para mulher e de gestação para gestação. Alguns fatores que interferem na percepção da dor são: tolerância pessoal à dor, grau de relaxamento, intimidade com o ambiente, acolhimento no serviço, apoio de familiares e profissionais, preparação, entre outros.
O que fazer: Os recursos que podem ser usados para ajudar a aliviar a dor são diversos e nem todos funcionam do mesmo jeito para todas as mulheres. É preciso encontrar o meio mais adequado para cada caso. A seguir são descritas algumas opções:

Apoio
Um cuidado importante é evitar deixar a gestante sozinha nesse momento tão importante e intenso. Ser acolhida com cuidado, atenção e carinho, ter informações sobre o que está acontecendo e ter alguém por perto com quem possa conversar pode ser de grande ajuda no processo do parto.O que fazer: Ajudar a gestante a planejar este momento, incentivando-a a conhecer o lugar onde ela terá o bebê e ouvindo-a sobre quem ela gostaria que a acompanhasse durante o trabalho de parto e porquê, pode evitar que ela se surpreenda sozinha e se sinta desamparada.

Acompanhante
O acompanhante pode ter um papel fundamental durante o trabalho de parto. Durante as contrações, pode dar apoio e carinho à mulher, lembrá-la das técnicas de respiração, massagear as suas costas, dar-lhe água, entre outras coisas. Sua presença costuma trazer segurança para a gestante, fazendo-a se sentir mais protegida e tranquila. Quem tem direito: O acompanhante é um direito de toda gestante. Para saber mais ver a seção Acesso a Direitos: A internação e o trabalho de parto. Quem pode ser acompanhante: O pai da criança, um parente ou qualquer pessoa escolhida por ela. O importante é que a pessoa escolhida seja calma, acolhedora e que colabore para tranquilizar  apoiar a gestante durante o trabalho de parto.

Massagem
Ajuda a reduzir a sensação de dor e pode ser aplicada nos pés, pernas, braços e mãos. Durante as contrações podem ser aplicadas nas costas e na altura da borda superior da bacia. No intervalo entre as contrações, podem ser aplicadas nos ombros e pescoço, pois ajudam a relaxar. Quem pode aplicar: O acompanhante. Quando fazer: Durante toda a fase de dilatação, com alguns intervalos para descanso.

Respiração
Algumas técnicas de respiração ajudam a aumentar a oxigenação durante as contrações e a relaxar durante os intervalos. Basicamente, entre as contrações, a respiração deve ser calma e profunda, propiciando maior relaxamento. Durante a contração, usa-se uma respiração mais acelerada, começando lenta e ficando mais curta e rápida no auge da contração (como cachorrinho), voltando aos poucos a ficar mais profunda e longa conforme a contração vai se dissolvendo. O que fazer: Treinar esta técnica com a gestante no final da gravidez pode ajudá-la a se sentir mais segura durante o trabalho de parto. 
Quem pode aplicar:  Dominando a técnica a gestante pode fazê-la sozinha. Se o acompanhante participou do treinamento no pré-natal pode ajudá-la, direcionando-a.
Quando fazer: Durante o período de dilatação, quando a dor estiver mais intensa.

Banho
Tomar um banho morno, deixando a água cair principalmente sobre as costas é relaxante e diminui a sensação de dor. Não há limite de tempo para a mulher permanecer no chuveiro. A água muito quente pode causar queda de pressão. O que fazer: Ajudar a gestante a planejar este momento, incentivando-a a conhecer o lugar onde ela terá o bebê, permite que ela saiba quais recursos estarão disponíveis no dia do parto. Quando fazer: Durante o período de dilatação, quando as contrações começam a ficar mais intensas.

Relaxamento
A importância do relaxamento está em não permitir que a gestante e seu corpo lutem contra a dilatação ou   contra as dores por ela provocadas. Essa luta provoca tensão, que por sua vez desacelera o trabalho de parto e provoca mais dor. Cada gestante deve identificar o que traz para ela este relaxamento. O que fazer: Conversar com a gestante no final da gravidez, estimulando-a a descobrir o que pode ajudá-la a relaxar e ajudando-a a planejar este momento. Isso não só diminui a insegurança e a tensão acerca do parto, mas também constrói medidas concretas de enfrentamento da dor. Quando fazer: Durante todo o período de dilatação e expulsão ou quando ela estiver mais tensa.

Visualização
No último trimestre de gestação, pode-se começar a trabalhar com a gestante a visualização das diferentes etapas do parto. Isto pode ajudá-la a se expressar em relação ao parto e a esclarecer dúvidas. Além disso, conversas como estas podem tornar este processo um pouco mais previsível para a gestante e, conseqüentemente, deixá-la mais tranqüila e menos tensa.

Anestesia
A anestesia é a administração de medicação para diminuir ou eliminar a dor. No caso do trabalho de parto, pode proporcionar mais conforto à gestante. É imprescindível nos casos em que é necessária cirurgia como a cesária, por exemplo. No caso do parto normal, a anestesia deve ser feita de modo que não interfira na evolução do trabalho de parto, ou seja, a mulher deve continuar sentindo as contrações e ser capaz de fazer força quando necessário. Deve ser utilizada anestesia local no caso da realização do corte no períneo (episiotomia). O que fazer: É importante que a gestante discuta com o médico que a acompanha no pré-natal sobre as diferentes possibilidades de diminuição da dor, antes de entrar em trabalho de parto, para que este indique os métodos mais adequados para ela.

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