A dor é um importante sinal do início e
andamento do trabalho de parto. A intensidade da dor do parto varia de mulher
para mulher e de gestação para gestação. Alguns fatores que interferem na
percepção da dor são: tolerância pessoal à dor, grau de relaxamento, intimidade
com o ambiente, acolhimento no serviço, apoio de familiares e profissionais,
preparação, entre outros.
O que fazer: Os recursos que podem ser usados para ajudar a aliviar a dor são
diversos e nem todos funcionam do mesmo jeito para todas as mulheres. É preciso
encontrar o meio mais adequado para cada caso. A seguir são descritas algumas
opções:
Apoio
Um cuidado importante é evitar deixar a
gestante sozinha nesse momento tão importante e intenso. Ser acolhida com
cuidado, atenção e carinho, ter informações sobre o que está acontecendo e ter
alguém por perto com quem possa conversar pode ser de grande ajuda no processo
do parto.O que fazer: Ajudar a gestante a planejar este momento,
incentivando-a a conhecer o lugar onde ela terá o bebê e ouvindo-a sobre quem
ela gostaria que a acompanhasse durante o trabalho de parto e porquê, pode
evitar que ela se surpreenda sozinha e se sinta desamparada.
O acompanhante pode ter um papel
fundamental durante o trabalho de parto. Durante as contrações, pode dar apoio
e carinho à mulher, lembrá-la das técnicas de respiração, massagear as suas
costas, dar-lhe água, entre outras coisas. Sua presença costuma trazer segurança
para a gestante, fazendo-a se sentir mais protegida e tranquila. Quem
tem direito: O acompanhante é um direito de toda gestante. Para saber
mais ver a seção Acesso a Direitos: A internação e o trabalho de parto. Quem
pode ser acompanhante: O pai da criança, um parente ou qualquer pessoa
escolhida por ela. O importante é que a pessoa escolhida seja calma, acolhedora
e que colabore para tranquilizar apoiar a gestante durante o
trabalho de parto.
Ajuda a reduzir a sensação de dor e pode ser aplicada nos pés, pernas,
braços e mãos. Durante as contrações podem ser aplicadas nas costas e
na altura da borda superior da bacia. No intervalo entre as contrações,
podem ser aplicadas nos ombros e pescoço, pois ajudam a relaxar. Quem
pode aplicar: O acompanhante. Quando fazer: Durante
toda a fase de dilatação, com alguns intervalos para descanso.
Algumas técnicas de respiração ajudam a aumentar a oxigenação durante as
contrações e a relaxar durante os intervalos. Basicamente, entre as contrações,
a respiração deve ser calma e profunda, propiciando maior relaxamento. Durante
a contração, usa-se uma respiração mais acelerada, começando lenta e ficando
mais curta e rápida no auge da contração (como cachorrinho), voltando aos
poucos a ficar mais profunda e longa conforme a contração vai se
dissolvendo. O que fazer: Treinar esta técnica com a gestante
no final da gravidez pode ajudá-la a se sentir mais segura durante o trabalho
de parto.
Quem pode aplicar: Dominando a técnica a gestante pode fazê-la
sozinha. Se o acompanhante participou do treinamento no pré-natal pode
ajudá-la, direcionando-a.
Quando fazer: Durante o período de dilatação, quando a dor estiver mais intensa.
Tomar um banho morno, deixando a água cair principalmente sobre as
costas é relaxante e diminui a sensação de dor. Não há limite de tempo para a
mulher permanecer no chuveiro. A água muito quente pode causar queda de
pressão. O que fazer: Ajudar a gestante a planejar este
momento, incentivando-a a conhecer o lugar onde ela terá o bebê, permite que
ela saiba quais recursos estarão disponíveis no dia do parto. Quando
fazer: Durante o período de dilatação, quando as contrações começam a
ficar mais intensas.
A importância do relaxamento está em
não permitir que a gestante e seu corpo lutem contra a dilatação ou contra
as dores por ela provocadas. Essa luta provoca tensão, que por sua vez
desacelera o trabalho de parto e provoca mais dor. Cada gestante deve
identificar o que traz para ela este relaxamento. O que fazer: Conversar
com a gestante no final da gravidez, estimulando-a a descobrir o que pode
ajudá-la a relaxar e ajudando-a a planejar este momento. Isso não só diminui a
insegurança e a tensão acerca do parto, mas também constrói medidas concretas
de enfrentamento da dor. Quando fazer: Durante todo o período
de dilatação e expulsão ou quando ela estiver mais tensa.
No último trimestre de gestação, pode-se começar a trabalhar com a
gestante a visualização das diferentes etapas do parto. Isto pode ajudá-la a se
expressar em relação ao parto e a esclarecer dúvidas. Além disso, conversas
como estas podem tornar este processo um pouco mais previsível para a gestante
e, conseqüentemente, deixá-la mais tranqüila e menos tensa.
Anestesia
A anestesia é a administração de
medicação para diminuir ou eliminar a dor. No caso do trabalho de parto, pode
proporcionar mais conforto à gestante. É imprescindível nos casos em que é
necessária cirurgia como a cesária, por exemplo. No caso do parto normal, a
anestesia deve ser feita de modo que não interfira na evolução do trabalho de
parto, ou seja, a mulher deve continuar sentindo as contrações e ser capaz de
fazer força quando necessário. Deve ser utilizada anestesia local no caso da
realização do corte no períneo (episiotomia). O que fazer: É
importante que a gestante discuta com o médico que a acompanha no pré-natal
sobre as diferentes possibilidades de diminuição da dor, antes de entrar em
trabalho de parto, para que este indique os métodos mais adequados para ela.
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